Capítulo 3

Os dias foram passando e a fama dele só aumentava, e a cada dia que passava, eu e Juliana ficávamos mais encantadas com o sucesso daquele artista. Com esse sucesso todo as pessoas espalhavam a notícia de que “aquele menino” da reportagem estaria na nossa cidade para fazer o seu primeiro show na região, e essa notícia se tornou música para os nossos ouvidos.

Quando a notícia que de início era apenas um boato e que se espalhou pela cidade se confirmou, nós duas vibrávamos de tanta alegria, nós pulávamos, gritávamos, chorávamos, já não sabíamos mais nem o que fazer e muito menos o que pensar naquela hora de euforia e alegria.

A partir daí percebemos que já podíamos ser consideradas grandes fãs desse menino, que realmente veio pra ficar, até porque nos tornamos verdadeiras seguidoras dele. Com a notícia do show confirmada mal podíamos esperar o grande dia chegar, todos os dias eram contados nos dedos, a nossa expectativa de vê-lo pela primeira vez era enorme.

Nós não pensávamos em outra coisa, nessa época foi bem difícil conciliar a escola com essa vida de fã, mas não podíamos reclamar, porque temos pais maravilhosos que nos apoiaram e nos apóiam sempre nessa questão.

Mesmo que ainda existam algumas brigas por causa desse fanatismo, eles nos entendem, até porque eles já passaram por isso um dia também, e não tem porque eles nos proibir de fazer uma coisa sendo que isso nos faz tão bem.

Nunca eu ia imaginar que naquele domingo, que passei na casa de Juliana, a minha vida ia mudar e eu ia acrescentar nela uma história diferente, que me trouxe e me trás alegria a cada música que ouço e a cada vez que o vejo, seja em shows ou na TV, é até difícil explicar essa emoção, só mesmo os verdadeiros fãs entendem o que eu quero dizer aqui. Mas continuando...

Eu e Juliana fazíamos planos para este grande dia, pensávamos até na nossa roupa antes mesmo de ter os ingressos nas nossas mãos, coisa de adolescente, vai entender kkkk. Mas nós queríamos mesmo era ter uma confirmação do próprio artista, falando que ia estar presente naquele dia e que ia fazer um grande show pra ficar na história da região.

Foi exatamente isso que aconteceu, num momento em que nós menos esperávamos, eu e Juh estávamos na escola, já era a hora do intervalo e eu tava ouvindo a rádio da cidade pelo celular, daí eu disse:

-Juh cê tai sozinha num canto, pensativa...Quer ouvir também?

-Claro amiga! Nossa tava viajando aqui...Cantando sozinha a música do Luan na minha cabeça. kkkkk

-Eita, chega mais então que aqui no meu cel agora só toca modão Luan! kkkkkk

-Sua boba!

-Boba eu? Magina minha fia! Kkkkkkkkk

-kkkkkkk

Depois dessa gracinha que eu fiz, consegui pelo menos animar a Juh, porque ela tava pensativa e com uma carinha meio triste. Mas não esperamos muito tempo e ouvimos a voz dele na rádio dizendo: “E aí galera!? Eu sou o Luan Santana e no dia 21 de maio na Área Verde da PET, no Clube dos Funcionários eu vou estar de cara com vocês no meu show. Espero vocês lá, um grande abraço!”

Ai, ai! Lembro como se fosse hoje quando ouvimos ele falando isso, parecia um sonho, mas que em breve se tornaria realidade...

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA (eu e Juh gritamos e o pátio inteiro olhou pra gente kkkkk)

-Amiga não acredito nisso, ele vem mesmo agora ta confirmadíssimo!

-Eu sei amiga, é emoção demais da conta!

-Não amiga, é amor demais da conta!

Nós duas ficamos loucas, mesmo ouvindo a voz dele falando sobre o show, ficávamos com um certo medo do show ser cancelado ou de que alguma coisa acontecesse pra atrapalhar.

Os dias iam se passando e a nossa expectativa só aumentava, a cidade toda já comentava aonde o cantor ia se hospedar, quando ia chegar, isso porque ainda faltavam três meses para o dia do tão esperado show da nova turnê.

Nesse meio tempo em que esperávamos para ver o nosso ídolo, eu e Juliana sempre ficávamos de olho na TV, na Internet, comprávamos todos os tipos de revistas, nós sabíamos cada passo que ele dava, cada dia era um show diferente em cidades e regiões diferentes do Brasil. E a cada vez que o víamos na TV era muita emoção, na hora das entrevistas ou reportagens, a Juliana me ligava ou eu ligava pra ela pra falar o que, quando e onde ia passar ele.

Mas não demorou muito, até mesmo na nossa escola, tocava os maiores sucessos dele, e todos se encantaram com as músicas que já estava na boca da galera. Na hora do intervalo nós corríamos na sala da rádio do colégio para pedir as músicas, e as meninas ainda faziam homenagem do tipo: “Essa música vai para a Carla do terceiro ano B”.

E assim tocava a música que era pedida e todo o colégio ficava de olho pra quem seria a homenagem de cada música. Pra mim e pra Juliana isso era o máximo, mas para alguns dos nossos colegas era uma tortura ficar ouvindo as músicas que nós escolhíamos. Em pouco tempo esses mesmos colegas que reclamavam das nossas escolhas, eles começaram a gostar desse novo estilo que surgia e pra nossa surpresa, todos eles compareceram no dia do show (vocês saberão como aconteceu ao longo da história).

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